sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Lenda Mexicana



O comprador de sonhos

Era uma vez no México um índio, camponês sem terra, pastor sem ovelhas... o que fazia dele um peão.
Um peão é pobre no começo e mais pobre no final, quando a força para trabalhar o abandona...
As pessoas de sua aldeia tinham terras...mas de que serve uma terra onde nada cresce?
E para não morrer de fome, o índio, desceu a “sierra mexicana” em busca de trabalho como peão numa plantação de cacau.
Durante três anos ele cuidou das árvores e colheu seus frutos... mas não era feliz... tinha saudades de sua “sierra.”
Para enfrentar seu destino sonhava com o dia em que finalmente voltaria levando consigo uma mala enorme cheia de presentes...e todos gritariam: “ele voltou...ele voltou...” E todos estariam muito felizes. Ele tinha tanta vontade de ser feliz!
Ao final de três longos anos, ele decidiu que era hora de voltar. Recebeu seu salário. Não compreendia muito bem as contas que o capataz fazia... “_Por três anos de trabalho receberá... aluguel e comida a descontar...perda de uma machadinha a descontar... por sua negligencia, dez árvores produziram menos...a descontar...eis, então, seu ganho: três moedas de cobre. O próximo!”
O índio se afastou lentamente... em sua mão apenas três moedinhas de cobre. Era tudo!
À noitinha chegou à pequena cidade mais próxima. Era alegre, movimentada...as pessoas pareciam felizes. As lojas cheias de coisas maravilhosas...mas caras. Porém, ao passar por uma vitrine de uma loja de doces, ficou deslumbrado. Havia flores, de todas as cores, de açúcar impressionantemente lindas. Uma moeda de cobre...que custava cada uma. Comprou uma charmosa rosa vermelha para presentear Panchita a índia mais linda da aldeia. Agora, com apenas duas moedas comeria pouco, e pronto!
Pouco a pouco a cidade foi adormecendo...estava cansado e sentia muita fome, mas preferiu deixar para comer no dia seguinte antes de se colocar a caminho de casa.
Foi até a uma fonte pública e bebeu muita água para distrair o estômago... já satisfeito percebeu um homem quase sem forças com uma tigela na mão tentando pegar água. Parecia muito doente. Então, o índio pega a tigela e ajuda o homem a beber a água, como se fosse uma criança...
O homem estava tão fraco que era incapaz de segurar a própria tigela e o índio sabia bem do que é que ele sofria...
O índio, então correu até um vendedor de tortilhas e pediu uma porção bem farta e pagou com uma moeda de broze... ofereceu a tortilha ao homem que comeu lentamente apreciando cada mordida.
O homem, então agradeceu e ofereceu um presente, um pequeno saco:
__É para você...A felicidade, talvez...mas eu não sei.
Eram sementes redondas e amarelas, da cor do ouro. O índio aceitou e foi embora a procura de um lugar para dormir.
Já amanhecerá na porta de um albergue. De dentro vinha um delicioso cheiro de tortilhas. O índio entrou e pediu uma para matar sua fome antes de seguir viagem...
Enquanto esperava, um homem descia pelas escadas e disse:
__Chica, traga-me rápido a comida e eu lhe contarei um belo sonho...
__Sonhei que uma deusa de cabelos longos e negros com a noite...era minha esposa. Nós morávamos bem no meio de uma floresta de ouro... aquele que colhesse um galho de ouro na floresta estaria livre da fome. Neste lugar todos eram felizes e vinham à nossa floresta e colhiam braçadas de galhos de ouro e partilhavam uns com os outros toda essa riqueza e felicidade. E eu olhava toda aquela gente e me sentia ainda mais feliz... Não é belo o meu sonho?
O índio ficou impressionado e pensou: “este homem parece ter sorte e tem tudo o que quer, não precisa de um sonho para ser feliz. Se eu gastar minha última moeda com comida, amanhã ainda terei fome. Mas, se eu comprar esse sonho, serei feliz amanhã, e depois, e depois...”
Então, aproximou-se do homem e disse:
__Quero comprar o seu sonho.
O homem ficou assustado e começou a rir.
__O que? Você quer comprar o meu sonho? Mas para que ele poderá lhe servir?
__Ele me servirá para me fazer feliz. Aqui está o dinheiro.
O índio colocou sua última moeda sobre a mesa; o homem não podia acreditar.
__Uma moeda? É pouco, mas ainda é muito para pagar um sonho. Guarde seu dinheiro eu lhe dou o sonho.
__Não estou mendigando, Quero comprar o seu sonho.
Vendo que o índio falava com seriedade e convicção, vendeu-lhe o sonho por uma moeda de cobre.
O índio saiu do albergue feliz por ter comprado um bonito sonho e já pegava o caminho quando Chica veio correndo ao seu encontro.
__Você vai para “Sierra”? Eu queria que passasse por Achulco, a aldeia onde mora minha mãe.
__E o que você quer que eu diga a ela?
__Conte a ela seu sonho. Minha mãe é sozinha e triste. Ela ficará feliz com seu bonito sonho.
__Mas, eu não sei contar história...
__Mas é o seu sonho! Quem poderia conta-lo melhor?
Ela então, entregou-lhe uma sacola com tortilhas, pão, tomates e pimenta.
__Tome! Este é meu presente para sua viagem.
Ele não pode negar o pedido e logo, à tarde chegou ao vilarejo e procurou pela mulher. Curiosos lhe seguiram até a porta da mãe de Chica, queriam saber das novidades. Logo a sala da casa estava cheia, e a mãe de Chica pediu silêncio.
__ Este rapaz teve um sonho magnífico e minha filha o mandou aqui para que me contasse. Cada palavra pronunciada é a palavra da verdade. Chica é testemunha.
Então, ele contou seu sonho e era realmente lindo e encantou a todos do vilarejo.
Pela manhã, estava de partida quando um homem veio procura-lo.
__Minha mulher e filhos moram num vilarejo que fica a um dia de caminhada daqui. Se você for passar por lá, poderia contar-lhes seu sonho?
O índio consentiu e o homem decidiu segui-lo par ouvir mais uma vez o seu sonho. E a notícia corria de boca em boca... e por varias vezes se desviou de sua rota par contar seu sonho por encomenda de alguém. Mas fazer o que? Só um louco se recusaria a dar alegria aos outros.
Até que um dia, finalmente chegou em seu vilarejo. Logo na entrada, viu um bela jovem de cabelos longos e negros com a noite, era Panchita. Seu coração palpitou forte e disse:
__Panchita, trouxe-lhe um presente. E lhe entregou a delicada rosa de açúcar vermelha.
Todos estavam felizes com sua volta. E à noite, em torno da fogueira, ele contou seu sonho a todos e mostrou as sementes de ouro que havia ganhado e uma senhora idosa aproximou-se e examinou-as e disse:
__É um grão d’ixium, o milho. Mas esta felicidade não é para nós...jamais brotará em nossas terras áridas.
__Mas vamos plantá-las... junto com meu sonho.
E numa bela manhã de outono, o índio correu até os campos e pode ver seu lindo sonho...lá havia uma bela floresta: o milho amadurecera e, de tão bonito, de tão maduro, parecia de ouro. E no meio daquela floresta dourada, Panchita dançava com os cabelos soltos ao vento, cabelos longos e negros como a noite...e, de tão bela, parecia uma deusa!
“lê revê a cheté” (Schnitzer,1977, pp. 65-84) Tradição Mexicana
Tradução e reconto Gislayne Avelar Matos
O contador de histórias é isso... um comprador de sonhos!

tenham um ótimo final de semana
beijooooooooooooooooooooooooo

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Dicas para contadores de histórias - créditos Blog do Gandavo - Laerte Vargas

1- Evite tomar gelado um dia antes e no dia da sessão,

2- Não tome suco de laranja no dia, pois provoca muco,

3- Leve uma maçã pequena para a sessão e a saboreie minutos antes sem lavar a boca depois,

4- Chegue com antecedência no espaço e caminhe por ele explorando todas as suas possibilidades e dimensões,

5- Se perceber que o ar condicionado está muito intenso, inspire suavemente pelo nariz ( para aquecer o ar ) e expire pela boca,

6- Faça exercícios para soltar o pescoço e ombros;

7- Aqueça sua voz com mantras. Se estiver acompanhado(a), peça para o outro avaliar sua projeção de voz indo até o fundo do espaço, nem baixa, nem alta demais: convidativa.
8- Abra bem a boca fazendo a,e,i,o,u e u,o,i,e,a.

9- Verifique se atrás de você existem painéis muito coloridos que possam dispersar ou “roubar” a atenção. Circulação de pessoas atrás de você, contador, nem pensar !

10- Água na temperatura ambiente sempre perto de você: um dos pré-requisitos para uma voz colorida é uma boa molhada;

11- Use um banco desconfortável: as poltronas muito “confortáveis” acabarão deixando você dobrado e com o diafragma pressionado,

12- Use roupas com cores discretas: quem tem que marcar presença é a história!

13- Quando o público entrar, já esteja no palco esperando seus convidados: assim é que se comporta um bom anfitrião.

14- Convide os ouvintes a desligarem seus celulares e solicite que, caso haja necessidade de saírem, o façam entre uma história e outra.

15- Não faça sessões muito longas: quarenta e cinco minutos de sessão envolvendo, no máximo, seis histórias é de bom tamanho.

16- Lembre-se sempre que uma sessão deve envolver contos com características bem diferentes um do outro; salvo se for uma sessão temática. Mesmo assim, procure entremear histórias viscerais e densas com outras leves e divertidas,

17- Eu, particularmente, opto por programar os contos mais longos para a primeira metade da sessão,

18- Contos de encantamento precedidos por lendas podem remeter demais à introspecção. Procure pontuar um e outro com facécias, contos de exemplo e de animais,

19- Olhe a platéia convidando. Se identificar aqui e ali um ouvinte mais desatento, conte um tempo para ele; mas com o cuidado de não torná-lo o que, às vezes, os irrequietos querem: ser o alvo das atenções.

20- Perguntas devem ser respondidas no limite exato. Não deixe que as intervenções comprometam sua sessão.

22- Não infantilize seus ouvintes impregnando a contação de diminutivos;
Seja feliz: este momento é uma celebração. Não sofra.

Visitem os blogs do Laerte Vargas, link aao lado

Beijos, bom final de semana a todos!!!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

VAMOS REFLETIR !!!!

"Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. O romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.”


¤ ¤ ¤



"Rir é arriscar-se a parecer louco.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão é arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor
o seu eu verdadeiro.
Expor suas idéias e sonhos em público
é arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a morrer.
Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção.
Tentar é arriscar-se a falhar.
Mas... é preciso correr riscos.
Porque o maior azar da vida é não arriscar nada...
Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são.
Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza.
Mas assim não podem aprender, sentir,
crescer, mudar, amar, viver...
Acorrentadas às suas atitudes, são escravas,
abrem mão da sua liberdade.
Só a pessoa que arrisca é livre...
Arriscar-se é perder o pé por algum tempo.
Não se arriscar é perder a vida..."


Soren Kiekegaard

sábado, 4 de outubro de 2008

Trechos

-Mas afinal de contas, Emília, que é que você é?
Emília levantou para o ar aquele implicante narizinho
retrós e respondeu:
Sou a Independência ou Morte!
MONTEIRO LOBATO

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Mitologia Grega - Perséfone

MITOLOGIA




Perséfone foi a filha única de Deméter e Zeus. A mitologia grega é incomumente silenciosa quanto às circunstâncias de sua concepção.




No início do mito, Perséfone era uma garota despreocupada que colhia flores e brincava com suas amigas. Então Hades apareceu repentinamente em sua carruagem por uma abertura da terra, pegou a jovem à força e a levou de volta para o Inferno, a fim de ser sua noiva contra a vontade. Sua mãe, Deméter, não aceitou a situação, deixou o monte Olimpo, persistiu em conseguir o retorno de Perséfone, e finalmente forçou Zeus a considerar seus desejos. Zeus então enviou Hermes, o deus mensageiro, para ir buscar Perséfone.



Hermes chegou ao Inferno e encontrou a jovem desolada. Mas seu desespero tornou-se alegria quando descobriu que Hermes tinha vindo por sua causa e Hades a deixaria partir. Antes que ela o deixasse, contudo, Hades lhe deu algumas sementes de romã, e ela comeu. Então entrou na carruagem com Hermes, que a levou rapidamente para Deméter.



Depois de mãe e filha se abraçarem alegremente, Deméter ansiosamente indagou se ela tinha comido alguma coisa no Inferno. Perséfone respondeu que havia comido sementes de romã porque Hades a tinha forçado a come-las (o que não era verdade). Deméter teve que aceitar a estória e o padrão cíclico que se seguiu. Não tivesse Perséfone comido as tais sementes, teria sido completamente devolvida a Deméter. Entretanto, passou a ser obrigada a permanecer por um terço do ano.




Mais tarde, Perséfone tornou-se a Rainha do Inferno. Todas as vezes que os heróis e heroínas da mitologia grega desciam para o reino inferior, Perséfone lá estava para recebe-los e ser sua guia. Nunca estava ausente para ninguém. Nunca havia sinal na porta dizendo que ela fora para casa com a mãe, embora o mito diga que ela fazia isso dois terços do ano ao lado de Hades..

terça-feira, 30 de setembro de 2008

PRIMAVERA

DICAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL - MITOLOGIA GREGA



Agora que iniciamos a primavera, um belo mito que podemos contar aos alunos é o de Deméter e Perséfone, deusas da agricultura e das flores.
Nesse mito podemos brincar um pouco com a imaginação das crianças e logo após introduzir pesquisas e explanações sobre as estações do ano.
Os elementos mágicos que adornam essa bela história são lenços, nessa caixa de pandora tenho vários lenços coloridos e esvoaçantes que dão muito encanto e magia a história.
Perséfone solteira - lenço rosa
Perséfone casada - lenço vermelho
Deméter - lenço verde
Hades - lenço preto
Zeus - lenço prata
bjs, até a próxima !!!!

ELEMENTOS MÁGICOS DAS LENDAS ORIENTAIS





ESSES LIVROS SÃO ESCRITOS E ILUSTRADOS PELA LÚCIA HITSUKA, SÃO LINDAS HISTÓRIAS QUE AGRADAM MUITO À CRIANÇADA.
PODEMOS FAZER A LEITURA E MOSTRAR AS FIGURAS
PODEMOS TAMBÉM CONTAR A HISTÓRIA UTILIZANDO OS ELEMENTOS MÁGICOS, COMO LEQUES, CAIXINHAS JAPONESAS, RASHIS, PALITOS DE CABELO, E OS MAIS DIVERSOS OBJETOS.
PODEMOS TAMBÉM CONTÁ-LAS USANDO OS ORIGAMIS, QUE POSTAREI MAIS ADIANTE.
BJS A TODOS !!!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Lendas Orientais


Na semana em que trabalhamos as Olimpíadas, as crianças ficaram conhecendo algumas lendas chinesas.
O pote vazio, foi umas das mais apreciadas.
a contadora de histórias usou uma roupa oriental simples, ouvimos músicas infantis chinesas e conhecemos alguns objetos oriundos desta terra tão distante.
As lendas chinesas, japonesas são ótimas, lindas, e algumas podemos até tecer um pararelo com lendas ocidentais.
Uma escritora que explora muito bem todo esse fascinante mundo das lendas orientais é a Lúcia Hiratuka, suas islustrações também são lindas, ela é uma artista completa e muito talentosa, com vários livros publicados e desenvolve excelentes projetos em escolas.
bjs, tenham uma ótima semana

ESSE É O LIVRO: O POTE VAZIO - DEMI
E O VAZO QUE USO PARA CONTAR ESSA HISTÓRIA

domingo, 10 de agosto de 2008

Contos de fadas

Aí está a Fada Azul contando a história do Pinóquio para a crinçada...



Este momento ocorreu no início do ano na minha escola, gosto de me fantasiar para contar história para as crianças, eles amam.
Os contos de fadas são trabalhados por mim como um momento de Ócio produtivo, um momento para relaxar e ouvir a história, sem contudo, pensar no que vem depois.
Não costumo trabalhar pedagógicamente os contos de fadas, prefiro contar e deixar que o subconciente dos pequenos trabalhem.
Os alunos não tem aquele medo, " Ai, depois da história vou ter que desenhar, reescrever, modelar..." Eles podem ouvir, curtir e imaginar...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Projeto: O mundo Árabe: Histórias, culturas e arabescos

A LÂMPADA MARAVILHOSA DO ALLADIN É UM LINDO PORTA INCENSO, MAS A CRIANÇADA É DOIDA PRA ESFREGÁ-LA



PROJETO

Pessoal, esse Projeto é da Revista Nova Escola, é muito bacana. Depois de ler as obras, conhecer os contos de As Mil e Uma Noites, vamos aplicar de forma mais efetiva, levando aos alunos esse mundo de magia e boa literatura.
No site, a indicação do projeto é para turmas de 4 e 5 anos, mas acredito que poderá ser aplicado a qualquer série do ensino fundamental também, é só o professor adaptar as etapas de acordo com a realidade da sua turma.

O mundo árabe: histórias, cultura e arabescos
Objetivos
- Pesquisar a cultura árabe para confrontá-la com a atual.
- Pesquisar e conhecer as principais características da cultura árabe (arquitetura, moradia, vestuário, culinária, tradições e costumes, diferentes pessoas da sociedade).
- Pesquisar e conhecer a vida no deserto (animais, vegetação, habitat, beduínos).
- Conhecer a influência dessa cultura em nosso país.
- Ampliar o repertório de outros hábitos e costumes para enriquecer as brincadeiras de faz-de-conta, fundamentais nesta faixa etária.
- Enriquecer o ambiente lúdico e as brincadeiras, aproveitando as informações estudadas sobre o povo árabe.
Conteúdos- Cultura árabe.
- Procedimentos de pesquisa – coletar informações em diferentes fontes de pesquisa (livros, vídeos, postais, obras de arte, jornais, revistas).
- Produzir textos informativos com a professora sendo a escriba.
- Organizar e registrar informações através de desenhos e pequenos textos de escrita espontânea.
Ano
4 e 5 anos
Tempo previsto
6 meses

Materiais necessários
- Desenhos e filmes que retratem a vida do povo árabe: Aladim, As Mil e uma Noites, Ali Babá e os quarenta ladrões
- Vídeos informativos
- Mapa Mundi
- Almanaques, livros, revistas, lendas, contos, obras de arte, revistas de turismo
- Músicas árabes
- Pedaços de tecido para confecção de figurinos

Desenvolvimento das atividades
1. Leia a história ou assista o desenho “Aladim e a lâmpada maravilhosa”.

2. Faça um levantamento do que as crianças já sabem sobre este povo: por que as pessoas se vestem assim? Será que essas pessoas só aparecem na história ou será que há pessoas assim em algum lugar do mundo? Em qual país será que esta história foi escrita? Será que os hábitos, os costumes, a cultura e a alimentação são iguais aos nossos?

3. Solicite às crianças que tragam materiais de pesquisa para descobrir informações sobre o povo árabe.

4. Proponha ao grupo a produção de um almanaque da cultura árabe – traga para a classe outros almanaques e explore com as crianças algumas características desse portador.

5. Para isso, combine com as crianças que, ao longo do projeto, vocês farão uma lista de palavras características dessa cultura para, então, produzir os textos, desenhos, fotos, imagens, produções artísticas, adivinhas ou legendas que irão compor o almanaque.

6. Algumas sugestões: países do Oriente Médio (Iraque, Jordânia, Líbia, Egito, Turquia, Síria), culinária (quibe, coalhada, esfiha, tabule), instrumentos musicais (dombak, alude, tabla, nay – espécie de flauta), dança (dança do ventre, dabke – dança coletiva – dança da espada, dança do véu, dança do bastão, dança da vela, dança do chamadan), pessoas (odalisca, sultão, beduíno, gênios), entre outros aspectos.

7. Ao longo do projeto, proponha registros das descobertas mais significativas para o grupo - propor e orientar que as crianças confeccionem pequenos cartazes, legendas de imagens, desenhos, fotografias das brincadeiras, produção de textos informativos com a professora sendo a escriba das principais descobertas.

8. Leia o livro “1001 Noites à luz do dia”, de Kátia Canton. Pergunte se alguém já conhecia Sherazade.

9. Explore, ao longo do projeto, diversos aspectos das histórias relatadas por Sherazade (famosa contadora de histórias): arquitetura das construções, moradia, diferentes “personagens” – sultões, odaliscas, beduínos, gênios –, a vida em família, vestuário, alimentação, músicas, dança, cultura, meios de transporte, a arte dos arabescos que enfeitavam os palácios.

10. Complemente as pesquisas e informações estimulando ao máximo a leitura de imagens, textos informativos, literários, filmes e outras fontes de informação.

11. Estimule a apreciação de algumas obras de pintores que pintaram esses povos e essa cultura: Paul Klee e Matisse, por exemplo.

12. A partir das imagens confeccionar trajes característicos dos povos árabes para enriquecer as brincadeiras de faz-de-conta.

13. Inspirados nas imagens do livro de Kátia Canton proponha a confecção de arabescos para a criação do ambiente lúdico e também para a ilustração do almanaque.

14. Ouça em sala músicas árabes e, a partir de uma entrevista e apresentação com uma dançarina estimule o contato com uma dança típica – se possível a “dança do ventre”.

15. A partir da observação do repertório de imagens, construa com as crianças um ambiente lúdico: confeccione bordas nas janelas, portas, trono do sultão, cantos de histórias da Sherazade com tapetes, almofadões, tenda árabe confeccionada com tule.

16. Leia diferentes histórias e contos árabes, explore a literatura destes países e suas influências em nossa cultura.

17. Explore a culinária árabe e faça receitas para serem degustadas (e servidas no banquete – no final do projeto).

18. Organização do almanaque: coletânea das produções realizadas ao longo do projeto, organização, paginação e sumário.

Produto final
Instalação árabe representando toda a cultura árabe para lançamento do almanaque ilustrado com definições de objetos, instrumentos musicais, nome de alguns alimentos, “personagens” da cultura árabe, entre outros aspectos que você e seus alunos considerarem relevantes.

AvaliaçãoAo final do projeto espera-se que a criança seja capaz de:
- Compartilhar com os colegas as idéias que já têm sobre o assunto, advindas das histórias que já conhecem e dos conhecimentos de cada um.
- Buscar, relacionar, valorizar e saber fazer uso das diferentes fontes de pesquisa e informações utilizadas ao longo do projeto.
- Realizar pesquisas apoiadas em leituras de imagens e/ou textos informativos lidos pelo educador.
- Recontar, resumir e explicar o que foi aprendido a partir das leituras em roda.
- Registrar suas descobertas a partir de desenhos e pequenas escritas.
- Fazer uso da oralidade para explicar o que aprendeu.
- Fazer uso de todos os conhecimentos aprendidos e enriquecer as brincadeiras de faz-de-conta.

Quer saber mais?
Bibliografia
:

Para ler para as crianças
- 1001 Noites à luz do dia: Sherazade conta histórias árabes – Kátia Canton – Difusão Cultural do Livro
- Lá vem história – Heloísa Prieto – Cia. das Letrinhas
- Lá vem história outra vez – Heloísa Prieto – Cia. das Letrinhas
- Aladim e a lâmpada maravilhosa
- Ali Babá e os quarenta ladrões
- Simbad, o marujo
- As botas de Karam
- O pescador e o Djim

Para pesquisar
-“Está no almanque”, por Karina Cabral in Revista Avisa lá 29 – janeiro/2007 – páginas 11 a 22.
- Almanaque Abril, Ed. Abril – À venda pelo site www.abril.com.br
- Almanaque Ruth Rocha, Ruth Rocha. Editora Ática.

Sites
www.almanaquebrasil.com.br
www.almanaque.folha.uol.br
www.almanaque.blog-se.com.br

www.uol.com.br/ruthrocha

domingo, 29 de junho de 2008

Sherazade



Tudo começa com a história do rei Shariar. Ele descobre que está sendo traído pela esposa, que tem um servo como amante, e, enfurecido, mata os dois. Depois, toma uma decisão terrível: a cada noite, vai se casar com uma nova mulher e, na manhã seguinte, ordenar sua execução, para nunca mais ser traído. Assim procede por três anos, causando medo e lamentações em todo o reino. Um dia, a filha mais velha do primeiro-ministro do rei, a bela e sábia Sherazade, diz ao pai que tem um plano para acabar com a barbaridade do rei. Para aplicá-lo, porém, ela precisa casar-se com ele. Horrorizado, o pai tenta convencer a filha a desistir da idéia, mas Sherazade estava decidida a acabar de vez com a maldição que aterroriza a cidade.
Quando chega a noite de núpcias, sua irmã mais nova, Duniazade, faz o que sua Sherazade havia pedido. Vai de madrugada até o quarto dos recém-casados e, chorando, pede para ouvir uma das fabulosas histórias que a irmã conhece. Sherazade começa então a narrar uma intrigante história que cativa a atenção do rei, mas não tem tempo de acabar antes do amanhecer. Curioso para saber o fim do conto, Shariar concede-lhe mais um dia de vida. Mal sabe ele que essa seria a primeira de mil e uma noites! As histórias de Sherazade, uma mais envolvente que a outra, são sempre interrompidas na parte mais interessante. Assim, dia após dia, sua morte vai sendo adiada.
Você deve estar pensando que Sherazade tinha um baita repertório de histórias para contar, né? Bem, por mais fértil que fosse sua imaginação, seria impossível inventar tanta coisa ou ler tantos livros! Na verdade, a forma como Sherazade aprendeu todos esses contos explica também outro mistério da obra: ela não tem autor! Parece estranho, mas a explicação é simples: as histórias de As mil e uma noites eram contadas de uma pessoa para outra, estavam na boca do povo! Ninguém sabe quem as inventou; fazem parte da tradição oral do povo árabe, com seus contadores de histórias que reuniam multidões nas ruas e mercados.
Não se sabe ao certo quando os contos foram passados para o papel. A primeira versão do livro, Mil contos, surgiu na Pérsia (atual Irã, onde se passa a história de Sherazade) por volta do século 10. O nome que conhecemos só veio depois, com os árabes. Muito supersticiosos, eles acreditavam que números redondos atraíam coisas ruins. Passaram o nome então para As mil e uma noites. Porém, como o original do livro nunca foi encontrado, há versões diferentes para a história de Sherazade. O final, no entanto, é sempre o mesmo...


OLHA SÓ ESSA LÂMPADA, É FEITA DE BISCUIT, UTILIZO PARA CONTAR A HISTÓRIA DO ALLADIN E A LÂMAPADA MARAVILHOSA

quinta-feira, 22 de maio de 2008

As mil e uma noites




Coleção de contos árabes (Alf Lailah Oua Lailah) compilados provavelmente entre os séculos XIII e XVI.
São estruturadas como histórias em cadeia, em que cada conto termina com uma deixa que o liga ao seguinte. Essa estruturação força o ouvinte curioso a retornar para continuar a história, interrompida com suspense no ar. Mesmo depois de tanto tempo essa tática utilizada por Sherazade ,para salvar sua vida e o coração do sultão, continua muito forte. Um exemplo são as novelas, elas terminam no clímax hoje, e ficamos ansiosas pela continuação de amanhâ. É o chamado Fio de Ariadne, apesar de Ariadne ser de outra história...
Sherazade na verdade submeteu o rei a um certo tipo de psicanálise, só que ao invés dele falar era ela quem falava, ela contava histórias e é possível que essas histórias contassem episódios em que o rei se sentisse identificado e deles extraísse lições que norteassem sua conduta.
O rei estava avariado, machucado, e se vingando da "mulher", quam quer que fosse ela.
Sherazade salvou seu amado, sua própria vida, e a vida das moças restantes do lugar.
As mil e uma noites, têm esse nome pelo fato de sugerir infinitas, se fossem 1000, seriam finitas, mas mil e uma, parece dizer muito mais.
Podemos contar para as crianças As mil e uma noites?
Creio que sim, mas tomando as devidas precauções, ela são sensuais e violentas, eu prefiro conhecer bem a história escolhisda e fazer umas adaptações antes de contar aos pequenos.
Beijos

A história das histórias



O impulso de contar histórias nasceu no homem no momento em que ele sentiu necessidade de comunicar aos outros alguma experiência, que poderia ter significado para todos. Não há povo que não se orgulhe de suas histórias, tradições e lendas, pois são a expressão de sua cultura e devem ser preservadas. Concentra-se aqui a íntima relação entre a literatura e a oralidade.
Desde o início dos tempos os homens transmitem seus conhecimentos através das histórias, assim como hoje. Quem não gosta de ouvir histórias, de novelas filmes, causos, fofocas.
Se na pré-história ou em sociedades mais humildes sentavam-se em volta do fogo para ouvir e contar histórias, hoje, levamos as visitas mais preciosas para nossa cozinha, lá passamos um café, batemos um bolo, e ficamos a vontade para ouvir e sermos ouvidas.
Na grécia antiga tivemos os poemas de Homero e Hesíodo (Ilíada e Odisséia), as Fábulas de Esopo, e não podemos esquecer que nesse período clássico a educação das crianças eram ligadas aos mitos, contos de fadas, e as mulheres mais velhas contavam as histórias às crianças denominadas "Mythoi".
Na Ìndia os contos que posteriomente seriam difundidos no Ocidente tomando dimensões regionalistas.
A célula Máter dos contos infantis está na novelística medieval, que tem sua origem na Índia, a palavra é algo mágico.
Na idade moderna os contos de fadas fala do que é mais humano: amores, brigas, inveja, ódios, reconciliação, perdão, etc..
A literatura infantil surge no seculo XVII, com a mudança da sociedade e da família, a criança passa a ser vista como um ser diferente do adulto.
Hoje a literatura infantil encontra um lugar na vida de nossas crianças.
As histórias são formas de aproximar gerações e povos.
Você conta histórias?????

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Você tem vergonha de contar histórias para um grande público?

Deixe a vergonha de lado!!!
Comece com as crianças de casa, filhos, sobrinhos, amiguinhos dos filhos.
Na escola, conte todos os dias, alterne a leitura de textos, livros, com a contação sem livro. Para isso vc deve conhecer a história, então, tenha o hábito da leitura.
Quando contamos histórias para as crianças, temos a possibilidade de olhar em seus olhos, e interpretar a história com expressões, mudanças no tom de voz e gestos. Se mesmo assim você se sente envergonhada, use uma "muleta pscicológica", ou seja, use fantasias, óculos, máscaras, fantoches, tudo isso te dá uma maior segurança.
Ultimamente tenho me dedicado a arrumar quinquilharias para contar histórias. Sou frequentadora assídua de lojas 1,99, de artesanato, livrarias e lojas de brinquedos.
Tenho um baú onde coloco sucata e pequenos objetos, uma caixa com instrumentos musicais de sucata, uma caixa grega de lenços de musselina (uso para contar as mitologias), uma caixa oriental para contar lendas japonesas e chinesas, nela tem vários objetos japoneses.
Contar histórias usando objetos é um ótimo recurso, assistam ao dvd da Bia Beldran, nele têm muitas idéias, o DVD se chama Lá vem a história, da Cultura.
Logo posto as fotos das caixas e fantasias. Beijos

domingo, 18 de maio de 2008

Você quer ser uma boa contadora de histórias? Conheça os contos!!!


Este livro é show!!
Ele traz 54 contos, mais um prefácio sobre a terapia dos contos de fadas.
Há algumas histórias compiladas pelos irmãos Grimm, que não estão neste livro, mas, pode se pesquisar.
Também são interessantes as comparações com os contos de Charles Perralt, e os contos escritos por Hans Cristian Andersen.
Prefira ler as versões originais, elas fazem parte do patrimônio da humanidade, por isso pode ser mudadas e vemos tamtas versões.
É claro que as histórias escritas pelos Irmãos Grimm e Perrault, são violentas, sanguinolentas, foram adocicadas pela Disney, mas é importante conhecermos as originais.
Boa leitura, Beijos

Você quer ser uma boa contadora de histórias?


Inicie estudando!!!
Algumas bibliografias ajudarão ao contador a real necessidade do ser humano em ouvir histórias.
A saúde emocional do adulto é consequencia da criança que ele foi, da maneira como foi tratado, e das histórias que ouviu, se ouviu.
Neste livro, o autor, mostra o tratamento que ele realizou com crianças utilizando os contos de fadas. Mostra também a maneira como os contos agem no nosso subconsciente.
Não só os contos de fadas, mas também os mitos, lendas e fábulas.
Essa é uma leitura obrigatória para uma boa contadora de histórias.
Beijos

Qual o seu conto de fadas favorito?


Esta é a pergunta que a autora faz na introdução do livro.
Este livro fala sobre significados ocultos dos contos de fadas, que podem revelar sobre a vida de uma mulher.
Qualquer que seja a sua resposta, seu conto preferido apresenta alguma coisa significativa a seu respeito.
Vale a pena conferir.
Boa leitura, Beijos

sexta-feira, 16 de maio de 2008

UMA RAZÃO PARA CONHECER OS CONTOS DE FADAS

RecadoFofo - Fada

"Embora os contos de fadas terminem logo depois da décima página, o mesmo não acontece com a nossa vida. Somos coleções com vários volumes. Em nossa vida, ainda que um episódio possa terminar mal, sempre há outro á nossa espera e depois desse, mais outro. Sempre há novas oportunidades para consertar o estrago, para moldar nossa vida da forma que emocionalmente merecemos. Não perca tempo odiando um insucesso. O insucesso é um mestre melhor do que o sucesso. Escute. Aprenda. Continue. Essa é a essência de todo conto. Quando prestamos atenção a essas mensagens do passado, aprendemos que há padrôes desastrosos, mas também aprendemos a prosseguir com a energia de quem percebe as armadilhas, jaulas e iscas antes de depararmos com elas ou de sermos nelas ou por elas capturados."
Contos dos Irmãos Grimm, Dra. Clarissa Pinkola Estés.

SEJAM BEM-VINDOS,